Categoria: Artigos
Data: 12/05/2024
A Ceia do Senhor 
26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o
cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.
1 Coríntios 11.26 Pense
nisso por um instante. O único momento em Seu ministério que Jesus escolheu
para ser preservado e lembrado foi a Sua morte. É interessante que sempre que Ele realizava um milagre, Ele
nunca dizia: “Construa um altar aqui para que
você não se esqueça do que Eu fiz”. na verdade
Ele sempre fez exatamente o oposto. Frequentemente Jesus dizia: “Não diga a ninguém sobre isso…”. Jesus advertia as vezes severamente para que a ninguém dissesse. Mas com relação a Sua morte foi totalmente diferente. Podemos
nos esquecer de tudo o que Ele fez, podemos não nos lembrar dos milagres, mas não podemos esquecer da Sua morte. “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” v26 Jesus usou a Ceia para que pudéssemos nos lembrar que Ele morreu pelos nossos pecados. É através da morte de Cristo que somos
redimidos dos nossos pecados. Ao morrer Jesus levou
nossos pecados sobre si mesmo e morreu em nosso lugar. Ao participarmos da Ceia, devemos nos lembrar de que a morte de Jesus foi uma grande troca, uma substituição. 
A Ceia
nos lembra de que o nosso Deus enviou o Seu único Filho para que pecadores, como eu e você,
alcançássemos o perdão dos pecados e a vida eterna. Na igreja primitiva a Ceia era geralmente precedida por uma refeição fraternal chamada
Ágape, ou Festa do Amor. Porém as desordens ocorridas no Ágape despertaram a
indignação do apóstolo Paulo aqui neste texto de Coríntios vs.17. “Nisto, porém, que vos prescrevo,
não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior.” 
Era
uma ceia, mas não a ceia do Senhor; não era verdadeiramente uma imitação da última Ceia. A
indignante pergunta, Não tendes, porventura, casas onde
comer e beber? foi dirigida àqueles que consideravam os ajuntamentos como simples banquetes sociais e não como refeições de comunhão
espiritual. 11.23-26. O apóstolo justifica sua
reprimenda recapitulando o significado real e verdadeiro da
ordenança, remontando ao ensinamento do
próprio Senhor Paulo não podia elogiá-los porque a conduta dos crentes na
igreja de Corinto discordava daquela recebida do Senhor. V23-25 ..e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Tomou também o
cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu
sangue... fazei isso em memória de mim.” 
A
Ceia do Senhor, diferentemente do que muitos ensinam, não é um sacrifício, não
há nada místico na Ceia do Senhor. O alimento oferecido nessa mesa da comunhão
não é para nutrir nosso corpo, e sim fortalecer
nossa fé. A Ceia do Senhor foi por ele ordenada
para ser um memorial contínuo do sacrifício da morte de Cristo até que ele volte (v.29; Lc
22.19; 1Co 11.24-25). Em memória envolve mais do que simples lembrança; a palavra sugere uma convocação ativa da mente. A
finalidade da Ceia é, pois, fazer-nos lembrar mediante elementos visíveis como
o pão e o vinho, que o oferecimento do corpo
e sangue de Cristo por nós na cruz do Calvário, é o único meio de expiação dos nossos pecados, para nos reconciliar com Deus. O pão é distribuído primeiro, uma vez que representa a encarnação. Depois segue-se o vinho, representando a morte e o
final da velha aliança e o estabelecimento
da nova aliança. 
A
Ceia é um meio de graça. Por meio dessa participação na
Ceia somos fortalecidos com o amor misericordioso de Deus para uma vida de
santidade. Acerca disto queremos mostrar aos irmãos que: 
(1)
A Ceia do Senhor é um Sacramento do Novo
Testamento. A palavra do latim “sacramentum”, significa “juramento” ou “voto” para se referir as ordenanças do Batismo e Ceia
do Senhor. Estas substituindo a Circuncisão e a
Páscoa da Antiga Dispensação do Pacto são símbolos com os quais prometemos a
Cristo fidelidade até à morte. 
(2)
A Ceia do Senhor significa dar e receber o pão e
o vinho de acordo com a ordem do nosso Senhor Jesus Cristo. Cristo ensinou que seus ministros deveriam
tomar o pão que simboliza o seu corpo e reparti-lo com os crentes, tomar
o vinho que simboliza o seu sangue e distribuir entre eles, tudo com ação de graças. As
substâncias incluídas neste sacramento, portanto, são essenciais e
insubstituíveis. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que ele venha” (1Co 11.23-26, cf. Mt
26.26-28). 
(3)
A Ceia do Senhor proclama a morte de Cristo. Ela representa visivelmente a morte de Cristo em favor do seu povo escolhido. Esta é uma verdade central deste sacramento. Por meio da Santa
Ceia, a igreja testemunha ao mundo a sua comunhão com o
Cordeiro de Deus. Aqueles que não creem na
expiação substitutiva de Jesus Cristo, não podem
sob-hipótese alguma participar da Mesa do Senhor. Comer e beber sem discernir o
corpo de Cristo é ingerir juízo para si. Se alguém não crê que Cristo morreu
pelos seus pecados, não tem o direito a assentar-se na Mesa do Senhor, pois rejeita
a sua verdade fundamental. “Por isso, aquele que
comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do
sangue do Senhor. Vs. 28 (4) A Ceia do Senhor tem como propósito edificar espiritualmente o povo pactual. 
O Catecismo Maior de Westminster ensina que aqueles que participam corretamente da Ceia do Senhor (1)
Confirmam a sua relação com Cristo, o
Salvador deles; (2) São renovados e fortalecidos
pela decisão de viver uma vida de gratidão e de obediência a Deus; (3) Testificam e renovam o seu amor e comunhão por seus irmãos na fé. Quando
participamos corretamente da Ceia do Senhor, fortalecemos e edificamos a nossa
relação com Deus, e com nossos irmãos na fé. (5)
Por último, a Ceia do Senhor aponta para o
retorno do Rei. “Porque
todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que ele venha” (1Co 11.26). Todas as vezes que a igreja de Cristo celebra esse
sacramento anuncia a sua segunda vinda. Quando Jesus nos ensinou que observássemos esse memorial da grande Obra da Redenção “até que
Ele venha”, apontava para o último dia, o dia do Juízo Final. A
Ceia testemunha ao mundo que o nosso Salvador não
está morto, mas vive gloriosamente a destra do Pai e haverá de retornar um dia
sobre as 
nuvens
com poder e glória. 
Conclusão: A
Ceia do Senhor aponta para a cruz,
para o
que Cristo fez por nós.
A Ceia do Senhor aponta para a presença espiritual de Cristo entre nós. “Eis que venho sem demora. Bem aventurado aquele que guarda as
palavras da profecia deste livro”
(Ap 22.7)





























Autor: Rev Leonardo Falcão   |   Visualizações: 35 pessoas
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